14 janeiro, 2007

Atualizando.

Olá meu querido blog!
Preciso mesmo lhe contar as novidades da minha vida, afinal fiquei quase um mês sem escrever nada por aqui e dentro de um mês cabem milhões de acontecimentos.
Creio que o mais importante de todos foi o que eu chamo de "A grande decisão", que foi a respeito do meu trabalho no hospital geral.
A questão é que desde que essa oportunidade caiu de pára-quedas na minha vida eu já me vi em dúvida se ía ou não ía, aceitava ou não a grande chance de abrir um serviço de psicologia hospitalar num hospital que nunca havia tido psicóloga antes.
Eu fui, sem saber NADA, a única coisa que tinha visto a respeito de psicologia hospitalar foi na faculdade, no ano 2001, se não me engano, com uma professora que não me inspirava motivação alguma e a matéria muito menos. Mas, quando a gente vira "adulto" a coisa muda, e eu até então não tinha o perfil de recusar trabalho.
Fui lá, encarei o desafio, devorei livros sobre o assunto, comecei até a gostar um pouco pois aplicava a teoria na prática cotidiana, me motivava com isso. Fui pra Jundiaí e São Paulo conhecer vários hospitais com a ajuda de uma amiga muito especial que conheci no orkut, a Edna, que por amar o que faz me passou ainda mais motivação.
Voltei mais empolgada, sabendo melhor como agir em situações complicadas e até mesmo entendendo melhor sobre psicologia hospitalar. Fui ganhando reconhecimento da equipe, comecei a ser muito solicitada pra atender todo tipo de caso de pacientes internados, enfim, fui pegando o jeito da coisa.
Mas lá no fundo tinha algo que me incomodava, eu me perguntava o tempo todo se era disso que eu gostava, se realmente estava feliz trabalhando na área, enfim, me questionava muito mesmo, todos os dias quando chegava a hora de ir para o hospital. Isso me rendeu muito assunto na minha terapia, e rendeu também muita discussão em casa. Foram praticamente 2 meses até chegar à conclusão definitiva sobre o assunto, que foi: "Realmente não é a minha praia".
Criei coragem pra comunicar a minha grande decisão ao diretor do hospital, que apesar de não acreditar no serviço de psicologia dentro do hospital sempre foi muito camarada comigo. Falei com ele que queria sair, expliquei os motivos, ao que ele me elogiou muito dizendo que minha atitude era muito honesta, principalmente comigo mesma. E que eu não estava encarando o trabalho apenas como um salário no fim do mês.
Bom, resumindo, ele me deu um tempo para pensar, como se eu fosse mudar de idéia, e então eu chamei uma psicolega pra assumir o meu lugar. Ele disse que aceitava, desde que passássemos a trabalhar juntas. Ah, uma coisa que não mencionei foi que eu tive a idéia de implantar o serviço de ambulatório de psicologia, isso sim eu sei que adoraria fazer, pois seria para preparação de pacientes para cirurgias, tratamentos psicológicos pós amputação, etc. Então ele aceitou que ficássemos as duas, a minha colega assumindo a internação geral e eu o ambulatório e a pediatria.
Pois bem, estamos começando a trabalhar juntas agora, não "consegui" sair do hospital, estou lá tentando construir o ambulatório e construiu um projeto de trabalho para a pediatria, vamos ver no que vai dar.
Continua...
B.

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