13 maio, 2008

Eu

estou

meio

mais

ou

menos

hoje!



Sei que isso num instante vai passar, quem sabe até passe logo após eu termine de escrever esse desabafo, mas e por isso mesmo, preciso escrevê-lo!

Tem dias em que me sinto assim, mais ou menos... sinto-me às vezes pressionada pelo tempo e pelas pessoas, mais especificamente pelos pais de meus pacientes e com peso maior, pressionada por mim mesma! A pressão de que falo não é explícita, não há uma cobrança direta por parte de ninguém, mesmo porquê eu deixo bem claro que o trabalho maior fica por conta deles, sem sua participação o tratamento não vai a lugar algum.

Quero dar conta de tudo, quero saber tudo e mais um pouco! Quero ter respostas para as mais variadas dúvidas, mas em alguns casos isso se torna tão difícil... são tantas variáveis envolvidas, e muitas delas incontroláveis e impossíveis de serem mensuradas, como a mentira por exemplo.
Como posso dar conta de mentiras que os próprios pais contam? Ou então omissões de fatos fundamentais para o tratamento da criança?
Tadinhos!!!!!!!!!
Coitadinhos de todos eles, pais, avós, responsáveis e pacientinhos...
Todos sofredores por não saberem como resolver seus problemas, o papel da família muitas vezes fracassa. Dói assistir Super Nanny e ver o desespero daquelas famílias, todas gritanto "Socorro" em meio à confusão de viver sob o mesmo teto!
Sentimentos são constantemente negligenciados, conversar com os filhos para muitos pais equivale a dar um belo sermão! Isso lá é conversa? É diálogo isso? Está mais parecendo um monólogo, um discurso absolutamente unilateral, em direção vertical (de cima para baixo).
Coitados!!! Estão perdidos!!
Eu ainda não sou mãe, estou me preparando muito bem para isso, é o que todos deveriam fazer. Infelizmente muitas famílias são formadas sem nenhum preparo. E a gente vê muito disso aqui na Bahia, mas em todo o Brasil também. Sabe aquela história: "Deus ajuda a criar" e "onde come um comem dois, três, quatro..." Mas a vida não é só comer né meu bem?
Planejar a vida é uma das melhores coisas que existe, poder exercitar a liberdade de ser quem se quer, de se fazer o que quer, enfim, encontrar a sua felicidade, independente do que diga o mundo.
Hoje eu ouvi uma coisa interessante de uma colega de trabalho, que as regras existem para serem quebradas pois do contrário, nós mulheres ainda estaríamos sendo arrastadas pelos cabelos... engraçado isso! Creio que toda regra pode ser questionada, de maneira assertiva, sem partir para a briga mas também sem dizer "amém" para tudo.
Percebo que estou indo de um assunto ao outro, estou fugindo um pouco do meu tema inicial, mas é isso, tudo se mistura.
Também estou meio assim, mais ou menos porque me sinto injustiçada, trabalho tanto, me dedico tanto e minha carga horária está diferente da maioria, consequentemente meu salário está mais baixo. Eu e uma colega psicóloga estamos nessa situação, porque passamos no concurso cujo edital dizia que a carga horária dos psicólogos era maior. Estamos aguardando a resposta POSITIVA à nossa solicitação de mudança que hoje ainda não saiu. O jeito é esperar até amanhã. Vai dar tudo certo. Não sei nem por que estou escrevendo isso, aff!!
Enfim, tenho fé de que tudo vai melhorar!!! Tudo!! De que eu vou ser bem melhor reconhecida, de que poderei ajudar cada vez mais famílias com meu trabalho, de que vou escrever um livro (um não, vários, se Deus permitir), de que serei uma ótima Psicopedagoga, de que montarei e aplicarei projetos de atuação em escolas, etc...
Continuo amando o que faço, apesar de às vezes sentir que carrego o mundo nas costas, é só sair do trabalho e desligar o cérebro...
Ai ai, melhorei...
B.

Nenhum comentário: